Malandros e Malandras

É preciso ter muita cautela para falar sobre o agrupamento de Zé Pretinho, os Malandros que trabalham sob o nome do Senhor Zé Pretinho, são Malandros que agem como "sombras", ou seja, Malandros que atuam como guardas, vigilantes, vivendo sob a luz da Lua Cheia nas noites da cidade. Esse Malandro em especial trabalha nos encontros das ruas, no mistérios dos cruzamentos, na magia do "encruzar". Obs.: Encruzar - Não obtive autorização para ensinar isso por aqui, mas seus médiuns (junto com cambones) podem perguntar a eles sobre isso.  O termo "encruzo" é uma palavra derivada de encruzilhada, que determina muitas coisas, simboliza suas mandingas, sua forma de atuação, sua arte, seu jogo e seu lugar (Falange no Astral), essa designação é muito antiga, nas macumbas no passado, algumas entidades ao invés de dizerem Encruzilhada, falavam o Encruzo, mas são exatamente a mesma coisa e com o mesmo significado. Seu Zé Pretinho da Encruzilhada é um Mala...

Hoje quero falar sobre a senhora da felicidade, a Malandra que gosta que todos estejam bem, felizes e em segurança. A Malandra Maria Izabel que viveu parte de sua vida num famoso e contemporâneo Morro do RJ. Essa mulher que valorizava sonhos, noites enluaradas, sambas, leveza, ginga e principalmente sua própria voz. Essa mulher sempre foi imponente, cabeça erguida, sem medo de homem, mal querência ou inveja de inimiga. Muito senhora de si, Maria Izabel trilhou um caminho de conveniências, coragem, fibra e lutas, não entendia as posições machistas, racistas e negativas da maioria das pessoas de sua época. Sempre foi uma mulher do povo, quando pequena recebia surras daqueles que queriam calar sua voz cheia de propriedade e sinceridade que consideravam com excessos, clamava por liberdade, emancipação, respeito, queria não precisar obedecer dogmas e conceitos antiquados. Na época que vivia as pessoas não lhe viam bem, era tida como "rebelde", "desordeira", impetuos...

Linda Malandrinha da Calunga da médium Cíntia, que autorizou previamente essa publicação. Salve a Malandrinha da Calunga ! Salve a Malandragem !

"Rosa Pelintra trabalha como quer, Trabalha com sua Navalha, Não duvide dessa mulher .." Muitos ainda zombam de nós, muitos não nos consideram, muitos são aqueles que não cantam para nós nos terreiros, muitos não fazem louvação, poucos são os que acreditam, poucos são os que tem fé. Mas somos Malandras, e se tem uma coisa que conhecemos, essa coisa se chama superação ! Salve Dona Rosa Pelintra, Malandra jovem, graciosa e muito competente em seus trabalhos. Salve o fio da sua Navalha.

Há muito tempo o seu Zé Pelintra vem em inúmeros cultos para auxiliar as pessoas, baixando em qualquer gira e adaptando - se, foi assim que seu trabalho espiritual sobreviveu. Por muito tempo o seu nome foi associado aos catimbós, que ao que segundo consta historicamente remonta a origem do primeiro "Zé", este que não trabalhava com a simbologia e grafia dos pontos riscados da Umbanda, manipulando outros elementos conforme a Jurema Sagrada. Em sequência a isso, tivemos três roupagens apresentadas, sendo a mais característica como o de "Malandro Urbano". É muito mais comum as pessoas o associarem a essa, ainda que em São Paulo sua presença se faça entre os Nordestinos da Linha dos Baianos. Juntamente com isso, temos na literatura umbandista, controvérsias em relação a nomenclatura "Exu Zé Pelintra". Hoje é mais fácil encontrar textos, autores, terreiros dizendo que não existe esse Exu, que Malandros são diferentes de Exus, mas no passado isso era muito ...

Essa Linda Fotografia é uma Homenagem da Médium Manu, á sua querida Malandra Maria Navalha do Morro. A Manu é uma jovem umbandista, que como muitos de sua geração, escolheu seguir o caminho da caridade e do amor ao próximo na Sagrada Umbanda. A energia dessa foto é tão linda, que apesar de não estar incorporada, podemos sentir a força que tem Maria Navalha. "Ô Lá no Morro, chamam ela de Maria, mas  na Alta Burguesia, só lhe chamam de Navalha." A Médium Manu de Iemanjá (Manu.Odoia) autorizou previamente essa publicação. Saravá Maria Navalha do Morro ! Salve a Malandragem ! A Médium Manu de Iemanjá (Manu.Odoia) autorizou previamente essa publicação. Saravá Maria Navalha do Morro ! Salve a Malandragem !

Olá amigos seguidores, por incrível que pareça, eu achei que já tinha falado sobre esse Malandro, ao qual conheço muito bem inclusive, mas contrariando minhas certezas, eu ainda não discorri sobre a força, graciosidade e intensidade do seu Zé Pelintra da Lapa, então agora o farei. Seu Zé Pelintra da Lapa é um Malandro muito garboso, charmoso, sempre conferindo uma fig ura muito atraente, ainda que não seja extrovertido o tempo todo. Ele é um Malandro que quase sempre apresenta jovialidade, vitalidade, traduzindo isso na sua roupagem, mas esconde seu olhar na sombra do seu chapéu panamá, sorrindo vez ou outra para as mulheres do terreiro. Esse Malandro teve infância difícil, marcada por sofrimentos com homens que o humilhavam quando apenas era um menino, tentou defender sua mãe quando era muito miúdo, e se capacitou a vida inteira em defesas, por isso seus médiuns são defensores de Mulheres (incluindo prostitutas), crianças, pobres e oprimidos. É muito rápido em seus trabalhos...

Rosinha Malandra de Yá Mambé Norma! Salve a Rosinha Malandra !

Mais um tira dúvidas sobre Malandras e Malandros (Caso já saibam, ensinem as pessoas): Maria Navalha é de que Linha ? 🤔 Resposta : Ela pode se apresentar com 4 roupagens diferentes. Como Malandra, Pombagira, Mestra Catimbozeira e Baiana.  Ah mais fulana recebe ela na Linha de Exu como Pombagira e depois ela "vira" Malandra ?  Não !!!  Imaginem que confusão, um dia um Caboclo na gira de caboclo, no outro dia ele diz que é um preto velho. Ninguém imagina não é ?  Mas então porque essa bagunça com Maria ?  Motivos :  Desinformação de dirigentes.  Pouco estudo sobre Malandragem.  Animismo ou mistificação.  Pouco estudo /ignorância do médium.  Terreiros que não permitem desenvolvimento das entidades plenamente.  Confusão mediúnica.  Maria poder trabalhar em muitas linhas. Mas trabalhar não significa mudar roupagem fluídica recebida no astral.  Trabalhar significar ter autoriz...

Rosa era uma mulher extremamente inteligente, bonita, educada, sofisticada, sensual, mas acima de tudo ambiciosa, trabalhava no Cabaré desde nova, acabou "caindo na vida" por diversas circunstâncias. Sua família era muito bem colocada socialmente, mas seu pai com imenso rigor queria que a moça seguisse todas as ordens dele, mas Rosa era muito diferente de sua mãe, não era "obediente", não gostava das regras sociais, etiqueta clássica, obedecia eles apenas por interesse. Na verdade essa mulher sempre buscou seus interesses em primeiro lugar, após muitas afrontas familiares, ameaças de casamento arranjado, convento ou ir para as colinas (aonde ficava uma casa de campo afastada), conseguiu finalmente fugir do casarão. Tinha tudo planejado, com o auxilio do cocheiro da família, ia vender parte das jóias e tentar sobreviver com o pouco que conseguiu juntar. Infelizmente seu plano não deu certo, foi violentada e roubada pelo cocheiro, ele deu de ombros quando os outros ...

Todos que estudam sobre umbanda, sabem das diferenças entre as "Calungas", calunga grande significa o "mar", pois tem muitos desencarnes no Mar, e calunga pequena o cemitério, isso diferencia um pouco essas duas entidades, a forma que a entidade explica também. Caso a Malandrinha da Calunga diga apenas Calunga, ela será de um agrupamento, ou seja, os Malandros que trabalham com essa energia, mas não necessariamente no mar, apenas com a questão simbólica. Caso a entidade diga que se relaciona as "almas", calunga pequena, cruzeiro, ou afins, ela logicamente estará ligada ao cemitério. Aí serão iguais, apenas as entidades quiseram dizer os nomes diferentes. É importante ser esclarecido para os médiuns, para desfazer confusões e entender o trabalho daquela entidade. Caso seja referente a Calunga (Grande), ela será parecida com Malandrinhas do Cais, Beira do Cais, terá roupagem fluídica de "nova", é normalmente mais faceira. Tudo depende da...

Depois de uns anos, alguns dos meus seguidores, amigos e alunos começaram a receber intuições, orientações e até trechos de histórias de seus Malandros e Malandras. A história que irei postar hoje, é da autoria do Antonio Reinaldo (Também conhecido como Din na Capoeira). Ele escreveu, me mandou há muito tempo e agora resgatei o texto dele, fiz pequenas correções, mas não tirei nenhuma palavra. O texto obviamente se refere a Malandra que o acompanha, não devendo ser generalizado ou copiado sem autorização, assim como todos os textos desta página. Espero que vocês gostem, pode ser que um dia eu escreva sobre essa Malandra, conforme as minhas vivências, mas espero que o depoimento do Antonio sobre sua fé em Maria Navalha também "atravesse" o coração de vocês. Axé e um abraço.  Malandra Maria Navalha do Cabaré da Lapa, autoria de Antonio Reinaldo (Din): Bom pessoal. Hoje senti a necessidade de falar sobre a entidade que me guarda. Muitos a chamam de Maria Navalha da Lapa o...