Nomes de Malandros na Umbanda:
Um seguidor me procurou para falar de uma coisa básica, mas que parece estar longe de acabar. Apesar de eu escrever sempre que possível nesses nove anos de blog, e já termos alguns materiais sobre malandragem por aí. As pessoas continuam fazendo confusões. O seguidor recebeu um malandro, desenvolveu, ele deu um nome comum, tipo João e falange correta. Fundamento morro. O nome do malandro é João do Morro.
O problema são as pessoas, ao redor dele tem pessoas falando que não é João, que não pode ser João, que é José. Falando de Sr. Zé. Como se só existisse Zé no plano espiritual.
Minha gente, isso é um absurdo. A entidade recebeu o nome no astral, a falange dele existe e está correta. Não é porque o nome dele é pouco conhecido, que está errado. Porém, algumas pessoas ignorantes só consideram Zé ou até mesmo nas Malandras, consideram apenas Malandra Maria Navalha, por exemplo. Descartando o trabalho de todos os agrupamentos de Malandras existentes, que muito lutaram para poder trabalhar, desenvolver. Precisamos estudar, revisar e nos atualizar.
Existem sim médiuns muito afoitos, afobados e que não estudam, portanto inventam nomes e falanges.
Entretanto, outros estão fazendo seu trabalho corretamente (como ele) e merecem respeito.
A variedade de agrupamentos é enorme, está mais que urgente a necessidade de estudo nos terreiros e principalmente o manejo ao lidar com a Linha da Malandragem.
Repetindo mais uma vez para ficar gravado. Malandros e Malandras tem nomes variados, apenas as falanges são imutáveis :
São elas: calunga, cais, morro, Lapa, estrada, cabaré, encruzilhada, almas e Cruzeiro.
Temos especificações de fundamentos, que são também segredos. Exemplos :
Arcos da Lapa, Beira do Cais, 7 encruzilhadas, 7 estradas, por aí vai. Mas tendo essas falanges está correto. Seja malandro, malandra. Independente se é Maria, Rosa, Zé, João, Zé malandro, Malandrinha, etc.
Têm fundamentações menos ainda faladas, como as diferenças na própria falange, falange oculta, hierarquia , disfarces (malandra da boêmia), regionalidade (Malandro da Bahia), ligações e trabalhos espirituais (Malandro do catimbó), entre outros. O que prevalece é o trabalho de caridade e o respeito.
Portanto, respeitem os médiuns ! E principalmente ensinem as pessoas a respeitarem as entidades de vocês.
Salve a Malandragem!
Salve todos os Malandros e Malandras.
Boa semana !
Texto : Priscila de Iemanjá.
Créditos de imagem: Pintura Malandros (Cecilia Panipucci). Imagem meramemte ilustrativa.
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Axé!