João Malandro do Morro


Atendendo ao pedido do Denner Oliveira e da Poli Lemos.

Em geral Malandros do Morro são mais próximos de seus médiuns, eles tem uma ligação muito grande, tanto que a energia deles é comum para as pessoas sensitivas, já que sempre que podem, acompanham os médiuns, dando conselhos e intuições.
Malandro de fino trato, ama a boêmia, trata as mulheres com carinho, sempre sendo levado pelas vielas da vida por elas. Não  trabalha com muitos homens, ficando amparado por parceiros de falange e muitas mulheres. As Malandras são suas grandes companheiras, companheiras de viola, baralho e alegria, até com Pombagiras esse Malandro tem histórias, mais isso deixa para um outro dia. 
É um Malandro de humor cadenciado, em alguns trabalhos fica compenetrado, em outros traz todo o seu charme, galanteio e demonstrações de afeto. Muito querido por todos, tem seus médiuns como amigos, os irmãos destes como afilhados e o povo do santo como sua própria família. Essas são as prioridades de alguém que foi muito privado de  consideração e superou de todas as formas possíveis. 
Ele poderia receber como nome espiritual apenas o de Malandro do Morro, mas trouxe consigo todo o orgulho da favela, muitos afirmaram : "Ê João Ninguém, está chorando porque nada tem."
A Malandragem dá a volta por cima todas ás vezes, e quantas ainda forem necessárias, calando a boca de quem não presta e chama João de Vagabundo. Nego João é homem querido, criado no Morro, cheio de inimigos sim, mas driblou todos os perigos e chegou um pouco mais perto do que queria. Na madrugada, tinha o  inveterado amor das mulheres da vida, mas foi no amanhecer de um dia que reconheceu o que mais queria. Chegar perto de Deus ! 
Salve Seu João e Salve a tua Boêmia !

Características:
Indumentária: Vermelho e branco, raramente utiliza preto e branco. Gosta de chapéus de boa qualidade, calça social fina, camisa listrada, camisa de seda, cachecol, pode apreciar cordões e anéis, em especial de São Jorge.

Fumo: Cigarro de filtro amarelo/vermelho.

Bebidas: Cerveja branca em tulipas tradicionais.

Comidas: salame bem arrumado com limão, linguiça calabresa, frios em geral.

Fundamentos: baralhos, dados vermelhos, dados brancos, sinuca, samba de roda, partido alto, moedas, punhais, navalhas, velas brancas, velas brancas e vermelhas, capoeira, patuás de proteção, entre outros.

Em Homenagem a João Malandro do Morro:

"Quem foi que falou
Que eu não sou um moleque atrevido,
Ganhei minha fama de bamba,
No samba de roda.
Fico feliz em saber,
O que fiz pela música, faça o favor,
Respeite quem pode chegar,
Onde a gente chegou.
Também somos linha de frente,
de toda essa história.
Nós somos do tempo do samba,
Sem grana, sem glória.
Não se discute talento,
Mas seu argumento, me faça o favor,
Respeite quem pode chegar,
onde a gente chegou.
E a gente chegou muito bem,
Sem a desmerecer a ninguém,
Enfrentando no peito um certo preconceito,
e muito desdém.
Hoje em dia é fácil dizer,
Que essa música é nossa raiz,
Tá chovendo de gente,
que fala de samba e não sabe o que diz.
por isso vê lá onde pisa,
Respeite a camisa que a gente suou.
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou,
E quando pisar no terreiro,
Procure primeiro saber quem eu sou,
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou."

Composição: Flavio Cardoso / Jorge Aragão / Paulinho Rezende · 

Imagem da Artista Myllena Assumpção. 
Obs: Respeitem os direitos autorais.
Imagem meramente ilustrativa.
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