Reflexão sobre Imagens de Entidades (Principalmente Malandras):
Antigamente, muito antigamente, quando íamos numa loja perguntar sobre imagens de Malandras, diziam que não existia fôrma. Não sei se algum umbandista aqui na página já ouviu essas coisas, mas me parece comum. Depois passamos para o período de "Imagens de Malandra Maria Navalha". Não existia outra imagem de Malandra, apenas uma, e nos diziam, batize, vai ser igual. Apesar de muitos não conseguirem nas cores certas, ou roupa certa, apesar de ser simbólico, aceitávamos.
Agora que vejo inúmeras imagens de Navalha, com todas as cores, tipos, com saias, calças, saias longas, penduricalhos, balangandãs, pedrinhas coladas, mini punhais, dados colados, me pergunto se é realmente isso que nossas entidades querem, será que elas querem ser representadas com tanta pompa, será que faz diferença para Maria aquela imagem material, totalmente simbólica, criada por homens para chamar mais, e mais nossa atenção ?
Também percebo o trabalho de artesãos, criando novas Malandras de resina, com sainhas a mão, daqui a pouco devem vir bonecas de porcelana, imagens de argila, entre outros. A questão não é critica a esses artistas, afinal, esse é o seu trabalho honesto, muito menos a beleza das obras, todos ficamos encantados com as lindas imagens, apesar da maioria custar acima dos 300,00.
O importante é colocarmos na balança, aonde começam os instrumentos de trabalho de um Malandro e aonde param nossos desejos ?
Desejo de chamar atenção.
Desejo de ser o melhor (ou pelo menos reconhecido como).
Desejo de obter valorização (Seja material, espiritual).
Aonde pairam nossos desejos ?
Como confundimos tão facilmente os nossos sentimentos, puramente humanos com a precisão de uma entidade ?
Penso eu, desde que me conectei fortemente a Maria, quando comecei a dar valor a cada uma de suas palavras, instruções e ordens, algumas coisas mudaram. Não deixei de querer dar o melhor para minha entidade, mas percebi que Maria não quer a melhor taça, tulipa com purpurina, chapéu caríssimo, salaminho "do bom", tecido vistoso, Maria quer que eu seja melhor, Maria quer que eu estude, lute, busque as coisas com simplicidade. O melhor para nossa entidade, é quando nós estamos cientes de nossas missões, evoluções, caminhada e desistir jamais.
Priscila de Maria Navalha da Lapa - Criadora Oficial do Blog Malandros e Malandras.

